Guitarras, batidas e caos controlado
- Amanda Büttenbender
- há 2 dias
- 3 min de leitura
Do indie nostálgico às guitarras modernas, três faixas para quem vive (e sente) o rock alternativo em todas as formas.
Nem todo dia precisa ser sobre calmaria. Às vezes, o que a gente precisa mesmo é de um som que tire a alma da inércia. Se for com guitarras afiadas, vocais que entregam tudo e uma boa dose de atitude, melhor ainda.
No post de hoje, reuni três faixas que têm exatamente essa missão: incendiar o seu fone de ouvido. Claire Shutters chega com um hino indie com cara de festa pós-Y2K, Monotronic coloca todo mundo pra dançar com seu groove moderno e malemolente, e Nick Behnan fecha com um rock cerebral e intenso que gruda na cabeça.
Coloca o som no talo, que o setlist tá caprichado.⚡️ 🎧
Depois me conta qual foi a sua predileta, tá? Põe no instagram e me marca: @vtcontar
⚡️Vamos lá:
1) Indie sleaze jesus - Claire Shutters
Se você, assim como eu, sempre sonhou com um rock energético liderado por vocais femininos, Claire Shutters realiza esse desejo com "Indie Sleaze Jesus". Claire Shutters já é uma artista conhecida aqui no vtcontar, já indicamos Cigarettes & Conversation, outro single com cheiro de fim de noitada, um hino.
A artista de Brooklyn entrega uma faixa que é um verdadeiro hino para os "party boys", como ela mesma descreve.
Com influências que vão desde o pop dos anos 60 até o surf rock e a nostalgia alternativa dos anos 2000, Claire cria algo único, amarrado por uma letra doce e ácida ao mesmo tempo.
A música é uma explosão de energia, perfeita para quem quer curtir o fim de semana com intensidade.
“Indie Sleaze Jesus” é pra colocar no repeat, abrir uma cerveja gelada e lembrar que o caos da pista de dança também pode ser sagrado. 🙃🔥
2) Everything moves - Monotronic
💥 “Everything Moves” é daquelas faixas que parecem te puxar pra dentro dela desde os primeiros segundos. Com um groove marcante e instrumental vibrante, o som do Monotronic é puro movimento no corpo, na mente e na vibe.
Monotronic mistura elementos de funk, eletrônica e rock alternativo com tanta naturalidade que nem dá pra rotular. É o tipo de faixa que lembra um pouco os bons momentos do LCD Soundsystem com toques únicos da banda.
A produção é impecável: linhas de baixo que grudam na alma, bateria no ponto e vocais que carregam energia e carisma. O clipe é um show à parte. Intenso, visualmente forte e com aquela estética meio indie meio ritualística que prende o olhar.
É o tipo de música que dá vontade de colocar pra sair andando pela cidade como se estivesse num filme (ou numa propaganda da Ray-Ban, sabe?). Um acerto em cheio do Monotronic e com certeza vai ganhar espaço nas playlists de quem ama um som bem-feito, dançante e cheio de personalidade.
3) Brain Lift - Nick Behnan
“BrainLift” é exatamente o que o título sugere: uma elevação mental embalada por riffs de guitarra poderosos e uma produção de deixar qualquer pessoa feliz da vida.
Nick Behnan entrega um som que já impressiona na intro, é como se cada acorde dissesse “presta atenção que isso aqui vai te pegar”. E pega mesmo.
A base instrumental é intensa, dinâmica, com guitarras que passeiam entre o rock alternativo e um certo ar de experimentalismo moderno, tudo sem soar excessivo.
A produção é afiada, com nuances bem trabalhadas que enriquecem a experiência auditiva: camadas sonoras bem distribuídas, efeitos pontuais e aquele cuidado que faz cada parte da faixa ter propósito. Mas o que realmente amarra tudo são as letras: profundas, provocativas e com aquela vibe que mistura angústia existencial com vontade de romper limites.
Pra mim, BrainLift não é só uma música, é um estado de espírito.
Se tem uma coisa que essas três faixas provam é que o rock alternativo segue vivo, pulsando em diferentes formatos, influências e estéticas.
Claire Shutters resgata a alma irreverente do indie com carisma de sobra, Monotronic convida pra um transe dançante irresistível, e Nick Behnan entrega a intensidade crua de quem transforma pensamento em som. Em comum, todos mostram que música boa não precisa de rótulo, só de espaço no seu fone de ouvido.
Agora é com você: ouve, sente e me conta qual dessas virou trilha sonora do seu momento.