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Terça com leitura: As (des)vantagens de ser ingênuo

Hoje Vou te contar sobre as vantagens de ser ingênuo! Trouxe um novo texto de Conrado Muylaert, um texto para os espertos e para os ingênuos.




“As (des)vantagens de ser ingênuo

O ingênuo é aquele que costuma ser passado pra trás. O ingênuo é bobo. Não faz jogos, não monta estratégias. Sorri pra todos. O ingênuo não fica com pé atrás, quando quer algo, simplesmente se joga. Seu único plano é seguir em frente. O ingênuo costuma errar nas primeiras impressões. Claro! Ele é um otimista incurável. Sempre busca ver o lado bom. Que bobo. O ingênuo não causa intrigas, nem faz fofoca. Quando ouve algo do tipo, desconversa. O esperto ri do ingênuo: como pode ser tão bobo- pensa ele. A Ingenuidade é tida como defeito pelo senso comum. Pra mim, não. O ingênuo vive. Aproveita um dia de sol. Ri quando pega chuva. Ri sozinho. Acredita nas pessoas. Todos são seus amigos. Pode ser passado pra trás, mas dorme em paz. E sonha muito. O ingênuo mantém seu coração intocável diante das espertezas alheias. Isso previne doencas, pode acreditar. Do outro lado, O mundo é dos espertos – dizem eles, também chamados de malandros. Mas o esperto mal dorme. E quando dorme, dorme mal. Tá sempre desconfiado. Todos são seus inimigos até q se prove contrário. Não leva golpes, mas envelhece rápido. A esperteza adoece a alma. Coisa difícil de curar. O esperto vê brilho na astúcia própria. Um brilho estranho, que dura tão pouco e muitas vezes cega. As vezes, sente falta por não ter se entregado. Por não ter vivido algo verdadeiro. Ele nunca verá o brilho da alegria pura, do encontro de almas, da euforia infantil do primeiro olhar. Tem gente que acha o máximo ser esperto. Quanta ingenuidade.”

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