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Terça com leitura: Raízes

Oi pessoal! Tudo bem? Hoje é dia de leitura e eu trouxe um texto sobre raízes, do Conrado Muylaert.

“Apesar de termos feito tudo que fizemos, ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais. Assim dizia a música, e vez ou outra me pego pensando na razão pela qual seguimos uma fórmula pré-definida para viver. Entrar na escola aos 3 anos, ir para faculdade aos 18, arrumar um emprego aos 20, casar aos vinte e poucos, formar uma família logo depois. Acordar cedo, trabalhar duro, sustentar os filhos. Comprar uma casa, se aposentar. Morrer aos 80 ou 90. Isso é o que realmente a gente quer ou é apenas uma programação da nossa mente? Basta olhar por aí. Em todo canto vemos pessoas muito bem sucedidas em profissões consideradas alternativas. Seguir o caminho menos percorrido pode ser uma ótima opção. A família já não é a mesma de antes. Cientistas dizem que já se pode viver 100 anos, 120. As certezas mudam repentinamente. Quem sabe o que irá acontecer na próxima década? A criação que recebemos, tanto pelos pais, avós, pela convivência social, TV, ou outra influência provocada pelo mundo em que crescemos, cultivaram raízes no nosso inconsciente que, muitas vezes, nem temos noção que estão ali. Fomos criados numa fase do mundo que de muito já ficou pra trás. E aquelas raízes que nos foram colocadas anos atrás já não fazem sentido no mundo atual. Evoluímos rapidamente, ainda mais numa sociedade estritamente conectada. Teorias, pensamentos e comportamentos do passado caíram por terra. Mas ainda estão ali no nosso inconsciente, entrando em conflito com as novas informações que recebemos, lutando para impedir qualquer mudança, mesmo que seja para melhor. Andar descalço causa gripe, banho frio faz mal, pegar vento adoece, ingerir bebida gelada inflama a garganta. Será mesmo? Ou você apenas repete o mantra movido pela raíz que está na sua cabeça? Muita gente já acreditou que comer manga com leite causaria morte, assim como até hoje muita gente acredita e passa a seus filhos as falsas informações citadas acima sobre o frio. Chegamos numa época em que devemos tentar viver pela nossa cabeça, mesmo sendo difícil entrar em conflito com pensamentos que estão enraizados na nossa mente há anos. Devemos pesquisar e aprender no dia a dia. E não tomar decisões ou chegar a conclusões de acordo com uma verdade que nos foi dita no passado. Crescemos ouvindo que os mais velhos tem sempre razão. Mas, atualmente, crianças não só ajudam os mais velhos a usar um computador ou um celular como dão conselhos sobre como se comportar no cenário atual. Alguma coisa mudou. Outro dia, li numa pesquisa de uma renomada universidade americana que os preconceitos só vão acabar quando a população da faixa etária acima dos 60 anos morrer. Pra mim, isso é muito triste. Será que essa geração não pode lutar contra suas raízes e atualizar seus pensamentos? Chegamos numa hora em que devemos evoluir. Deixar essas raízes ultrapassadas para trás. Já estão fora da validade. E mesmo que haja uma barreira dentro de nós que tenta nos forçar a permanecer no mesmo lugar, eu sugiro que você passe a olhar o mundo com uma nova perspectiva.

A sua.”

Conrado Muylaert

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